segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Versos

Predileta presença
em vistas
bem perto
onde estive
suspirei

Compus um verso
inspirado
pela ficancia
sem conspiração
um ocaso.

leo durval

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Estrada Percorrida


Vida, oh terna vida;
por onde caminhei ao rever o amor?
por onde percorri em esteios alcançados
bem em diante da verdade
onde meus sentidos alcançam

Nas turvas medidas em tempos
chãos que percorri
os minutos de tormentos já esquecidos
nestas horas meditei
pelas preces incorruptíveis alcancei

[...]

Não mais revelei intenções contraditórias
mesmo em meio a ilusões desaconselháveis
vivi e prossegui:
meu caminhar ainda tímido
já percorrido entre paisagens e veredas;
ao sereno;
ao sol acolhedor

Mesmo em estradas tortuosas
encontro as passagens no momento de outrora
as casas
as colinas
o aroma das flores daquela arvore
onde trazia-me lembranças infantis
jamais apagadas em minha memória

Percorro por esta estrada
por pontes sobre rios em lendas
histórias movidas pelas mentes
lembranças na calmaria de seu leito
os mitos além do imaginário

vou de encontro aos prazeres que desejo
adentrando estradas a fora
seguindo a meta rebuscada em mim
existida no primeiro dia da vida
um destino saboroso estabelecido
na incansável projeção atribuída

Não sozinho estava eu;
sentindo em mim mais que um mero ânimo
ouvi poesias cantadas pelas arvores
ouvi cântico amoroso pelos pássaros
ouvi um anjo me dizendo parábolas
seguia eu em amizades recíprocas

Pelo mundo explorado como levitações
encontrei romances existidos
mesmo se não existissem tais histórias
encontraria algum modo a inventar
viveria meu poema
entre muitas palavras bem colocadas

Sosseguei meu caminhar tão buscado
sem julgares excludentes pelas frases
erguido em uma viva sabedoria
alcançada em instantes que caminhei
não mais um seguimento qualquer
alcancei pela estada de desilusões.

leo durval

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O Barco e o Pescador

Olho a barquinha
por entre o verde mar
sem canseiras
submerso em disposições
como um cão
ao seu dono
o pescador

Em leves ventos ele sempre prossegue
para o infinito
onde o mar e o céu se tocam
onde o azul celeste e o azul marinho:
um infinito

Sempre e deseja
traz ofertas de Posseidom
ou presentes de Janaina
em são Gonçalo pela procissão

Lagostas
xareis; sardinhas;
peixe agulha cor de prata;
pelos dias de verão a verão

O pescador queimado do sol
chapéu de palha amarrado ao pescoço
vivas lembranças
histórias em miúdos
no vai-e-vem das ondas;
e Maria sempre o espera.

leo durval

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Um Instante

Um ócio qualquer
eu
busco algo
busco o que
me pertence

Não uma voz
um
premeditado
algo que
estabelece

Vistos
escutados
momentâneos
em silêncio
algo
re-
-pre-
-sen-
-ta-
-do

uns versos
sol-
-tos
inabaláveis
[simples interesses
escritos em ti] [...]


leo durval

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Composição

Faço algo como canção
divulgações descomprometidas
com apenas um compromisso
compor melodias leves
com situações verdadeiras
fáceis coisas
simples pensares

Foi por ti que compus
versos livres
[sem falácias]
apenas parte de sua vida

Assim adentrei
em uma questão buscada
naturalmente
uma versão transportada.

leo durval

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Inspirações

Inspirei em algo simples
no meu coração solicito
escutando palavras doces
onde a amargor não existia
acima de tudo um sentimento:
algo simples...

Saudades não mais
num sentimento em laudas
este belos sonetos
escritos ao ar
inspirações que vinha de ti.

leo durval

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Lua Mística


Oh, vida natural
que faz almejar muitos sonetos
onde traduções se inspiram
és um dom aos olhos todos

Desperta histórias até o além mar
nos ouvidos
não se ofusca
re-
-pre-
-sen
-ta
significâncias;
amores que excitam
e acorda os desejos

Brincadeiras de volta e meia
forças de raças
virtudes nas poesias
oh, lua mística
desperta os poetas desesperados.

leo durval

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Bossa Nova: 50 Anos

Acontecia algo assim:
pelo vento
melodias e pau e pedras no caminho
dedilhados pelo violão
replicadas pelas notas concertadas do piano
alguma coisa assim:
do coração....

Risonhas frases no papel
poemas como reflexos metafóricos...
risos;
embalos de sussurros;
verbos juntados em versos
alguma coisa assim:
do coração...

Nas auroras de outrora hoje são as mesmas
entre cigarros e outros
sempre e sempre averiguações
Tons retocados
Morais em canções
João de tantos outros
assim nascia algo;
alguma coisa assim;
vez por vezes:
do coração.

leo durval

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Algum Desejo

Admirado pelo teu desejo
ilimitei minhas palpitações
sem reivindicar outros modos
tua atração simbolizava tudo

oh, estrela minha
oh, intimidade completa
onde foges minhas idéias?
poderia eu retribuir de que forma?
mesmo daqui de longe
sinto tua voz refletir

Oh suavidade que me vigora
que desperta mi’alma
lua cris[1]
onde está o meu amor?

leo durval


[1] Lua Cris. Na interpretação de Tom Jobim: o eclipse.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Conversações

Reformei idéias infortúnios
sujeitadas a transformações
tal conversão viabilizou outros sentimentos
em verbos sentimentais
algumas coisas:
idealizadas

Por fim:
julguei os erros.

leo durval

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Opinado

Recolho suspiros
apenas timidamente
pela manhã
pela madrugada adormecida
sonhando alguma coisa
na intima vontade

Com o juízo fértil
animo meu pensar
amistoso por um desejo
opinado pela voz do anjo.

leo durval

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Clarisse lispector



Menina estrangeira brasileira
mulher de ternura e trajectória
imortal poetisa de nossos tempos
reveladora de laços familiares
desperta outros poetas
A Maçã no Escuro jamais escondida

Domesticadas palavras suas
Perto do coração selvagem então fulguras
dentro de nós saudades sempre terna
consciências devidas na razão

Clarisse "Suplemento Cultural"
em Recife passaste tua infância
pelo Rio migraste com a paternal presença
no Brasil seis um ícone
em meio a vida
que dedicaste aos teus versos.

leo durval

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Poema


Uma palavra encontrada
num instante
imaginário
versificado, traduzido,
para quem escuta

Um momento
um sentido
proezas que vem
algo criado
esclarecido

[.]

leo durval

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A Procura de Uma Divindade Feminina

Onde mais encontro?
onde és tal vista que tanto desejo?
uma divindade pagã que me inspira
uma deusa que imagino
verdade cativante
alguma coisa acentuada
uma flor de cor inominada
uma flagrância indescritível
apenas um fato
um olhar que me desnorteia

Trago assim minhas palavras
que tanto busco para te compor
um verso simples a ti levar
como brisas na calma paz
enquanto a ti trazia meu beijo

Onde mais posso profetizar?
onde vem este sentimento?
talvez este desejo já existia
um intimo verso a oferecer
onde a alma solicita argumentos
em meio a beleza que te cerca
te levo meu tempo a terminar
a dissolver esta verdadeira palavra.

leo durval

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vento Mensageiro

Em um tempo que não se conta,
Andarilho estava eu.
Conflitante por uma parte,
Pelo modo que me despertava.
Pois distorcido e embaraçoso tentaria.

Contestável...
Não fragmentado...

O vento que soprava em meu ouvido,
Contava-me paciente tua história.
Pelo que estava eu confuso,
Logo despertei harmonioso.

Em sons agudos...
Ninféticos...

Por quem eu esperava na hora véspera chegou,
Marcado naquele tempo,
Escutei a canção que tu ensinaste,
Foi o vento que me disse.
Escutei você chegar.

Tua voz,
Reflexo meu...

O amado despertou.

leo durval

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Pensamento

Oh Pensamento desperta
aponta ao intimo argumento
na virtuosa memória
sobreposta em versos cativantes

Rompe a mais cautelosa notoriedade
vive em nós como bons conselhos
no que mais benéfica verdade
envolvida no brilho revivente
em meio a questões resolvidas

Oh pensamento ancora
na mais firme oração
escuta a canção da racionalidade
aquela que permeia a alma
onde os heróis se curvam
onde os poetas se domam
onde os gênios choram
em vão serias as palavras
que despertam vidas.

leo durval

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Os Silêncios

Em presença de um silêncio
Revigoro sons trajetados
Imagináveis pelo acaso
Por visões líricas
Articuladas sutilmente.

Revivo momentos oportunos
Exorcizo o ócio irracional
Versificados em sinais
Pelos modos despercebidos
Em vista de razões
Amorosas canções traduzidas
Suspiro versos harmoniosos.

Sem lamentos impertinentes
Adormeço acordado
Pensamentos...
Ludibriado palavras.

Em silêncio presencio
As buscas imanentes
Vinculadas ao transcendente
A meditação projetada
Plenificadas em instantes
Num Cântico composto pelo ar.

Materializo vontades
Interajo noções afetivas
Paraliso privilégios
Perto de mim:
Averiguo meus sentidos
Orquestro o meu pensar.

Em baixo do Baobá
Na sombra do silêncio
No momento do instante
Respirando o perfume
Pelas flores ao redor
Na sintonia natural
Qual sombra centenárias.

Deleitado sob a grama
Inspirado no diálogo
Relembrei os pensadores
Meiêticas reveladas.

Plantei sinais esperançosos
Motivado por noções
Irrigado em leves colóquios
Descansado...

Viajante pelo tempo
Retorno em meu prazer
Despertado no meu verso
Inspirado pelo vôo dos pássaros.

Pelos mundos imaginados
Transcrevo em minha memória
Ações universais
Vozes de temperança.

Em meu silêncio
Exploro as emoções contraídas
Visualizo ternos horizontes
Pelas vistas...
Cortejadas em espaços.

Transmiti em um amor
Pelos nomes que achei
Chamados por ela
Um sentimento trabalhado.

Senti em silêncio
O sonho em mim existente
Pelos atos...
Sem restrições...
Revividos sentimentalmente
Animados no ego.

Reservado eu busquei
Preservado constantemente
Entronizado fiquei
Na existência...
Morada da alma.

Entrei no meu íntimo
Guiado pela paixão
Aconselhado notoriamente
Caçado em local.

Existi naquela história
Ocultado no olhar
Perdoado...
Aberto a novas maneiras
Mistificado pela contemporaneidade
Um vício:
Pelo fato.

Imaginei minha versão
Lamentado nunca mais.

Pelos limites
Priorizei ramificações livres
Escondidos...
Na profunda evasão.

Pela contemplação
Avistei por entre limiares
O extremo notado
Sem detalhes
Futuros conselhos.

Confortei os maus desejos
Pluralizei recados
Vestígios...
Dirigidas vontades
Marcadas.

Maximizei mudanças
Ampliei verdades.

Não desviei em silêncio
Transladando-me em algo
Vastos pensares
Espelhado conhecido a mim mesmo
Sem adversos.

Surgiram outras composições
Totais exigências
Longadoros argumentos
Et cetera...
Comigo sem transtornos
Contrapondo obscuridades.

Últimos detalhes
Simples gostos provenientes
Gesticulados em mente
Pré-estabelecidos
Alguma força estranha
Coisas que são
Estive na vontade.

Despertei temporalmente
Pelas vozes longínquas
Pela tarde
Em fim alcancei
A mais presente reflexão
No silêncio em mim
Verificado oriundamente.

leo durval

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Adormecido

Ultrapassando por entre sonhos
noites sem fim
mares a vencer
conquistas a realizar

Abundantes eram os prazeres
notáveis por mim

Retratei lembranças esquecidas
tornei-me um andarilho
vivi momentos não ali
eu estava apenas sonhando.

leo durval

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Incentivado

Levo em detalhes
uma construção
talvez sigo meu intimo
onde ha de vir
uma verdade

Provocando contradições
não encontro tal aversão
esta construção de intuitos
remete palavras como preces
preso a um intuito
almejo vontades
apenas algumas

Reviro palavreados
investigo locuções
o que encontro
é apenas uma palavra:
o amor.

leo durval

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Imaginário

Sem ser inventado
imaginei uma questão
certa
har-
-mo-
-ni-
-a
um tempo oportuno

Prezenciei um certo afeto
algo buscado
imaginado
desde sempre

Busquei o que precisava
vistas colocadas
um sentimento verdadeiro
progetado naquele instante

[...]

Almejei aquele imaginário
sem erros
sem omissões
o acaso encontrado

leo durval

Linhas em Ortografías

Em algumas virtuosas linhas:
Contornei.
Lúcidas palavras,
Inspirações.

Em uma pétala,
Em um papel em branco.
Fulgurantes palavreados,
Ortografias.

Em um contexto esplendente,
Numa magistral verificação,
Apenas umas palavras,
Um simples desejo.

Um modo
que suscitei para ti.

leo durval

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Momento que busco

Vivo em procuras
de um momento certo;
assim, transladando-me
fora de mim
a buscar
este momento...

Tal tempo que busco
é de expor:
uma poesia.

leo durval

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Desejo

Despertado em um desejo
desde antes despercebido
voltado a um só pensamento
oriundo de uma vocação;
em versos...
em vontades
apenas um desprendimento

Procuro não sei onde
encontrar apegar mais a este desejo
talvez já estava entranhado
quando imagino algo despertado
vivido neste sentimento

Trago assim em mim
uma enorme firmeza de quem sois
esta lacuna a preencher;
mas, este apego é inevitável.

leo durval

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sonho II

Suspiro em sonhos
noites por ti
presenciei.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Intenções

Sigo minha intuição
revelo as esperanças sentidas
um segmento
certamente uma vontade

busco alguma coisa que desejei
nas linhas gerais da vida
em muitas partes:
já me encontrei;
seguidas as metas já não perdidas

vou direto ao teu encontro
feliz como um filho ao rever a mãe;
localizado pelas intenções mais firmes;
assegurado pelo bem que me fazes.

leo durval

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Flor

Vou em busca daquela flor
verbalizada ternamente
tão bela
cintilante
bem a vista dos olhos percebidos

em verdade
tal encanto que a vislumbra
revela outros versos
silenciou minha fala
produziu assim...
algo
uma coisa de ternura
isso mesmo aconteceu...

sempre viva
guardo esta flor
qual vertigem de estímulos
fra-
-gi-
-li-
-za-
-da
onde mais?
onde és?
onde vi este flor?

leo durval

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Perfume Feminino

Observei uma flor
em meio a perfumes
algo feminino
criado...
escondido por traz
de um espinho:
concentrado.

leo durval

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Tereza de Jesus

Pelos jasmins floridos
perfumado em poemas
existe algo espirituoso
encontrado pelos Carmelos

Tereza de Jesus
indigna serva
digna lembrança não esquecida
o tempo sem dês-construção
entre rosários e cânticos ao amado

Tereza:
tua luz Deus conosco
preserva em nós tua espirituosa paz
vem a nós ao amado.

leo durval

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Saindo de Mim

Saio por ai pensando
pelas calçadas da vida que medito
ao sol que antecipa a noite
pela troca de vista tão natural
penso ali
penso...

Ao andar tão silenciosamente
envolvido pelo que ali pensava
notava em mim
um verdadeiro encontro
talvez previsto por mim

Logo ali
encontro o que desejei
era ela
ela mesmo
a causa de minha emoção.

leo durval

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Minha busca

Repenso idéias
frases repentinas
de vez por outra
novos fins a cumprir

Escuto em meu intimo;
guiado pelo sentimento mais que sutil
verbalizado aos próximos proveitos
modificado quase sempre
pelos privilégios que consegui

Ali, bem ali
avistei a mais lírica paisagem;
tão só, tal alguém
que escrevo estes versos.

leo durval

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Um Sabor

Senti um paladar
açucarado sabor
num saber
prazeroso [...]

Quão bom foi aquilo
modo em igual
entre
tantos gostos
um reconhecido
magistral virtude

Busco não sei
por onde?
inicio!
experiência fixa.

leo durval

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Cópias

Copiei palavras pelo ar,
Como cópula em sentidos mais gasosos.
Afáveis num conjunto buscado,
Inebriado pelo o que me assediava.
Entendi o que copiava,
Escrevi o que se passava.

Eram atributos louváveis,
Atados em que se ouviria.
Cautelosas aspirações.

Supliquei seus belos sons,
Expiei a minha memória,
Eximi as contrarias ações.
Ortografei o que se passava.


leo durval

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Descrição

Como escrever algo a ti?
se sois estas inspiração
se sois a causa que medito

Não sei se for necessário;
necessário realmente é
compor poemas absolutos:
descrever algo que em ti observo:
algo vulgarmente estabelecido;
como observar tua beleza?
verdadeira beleza interior...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Problemas

Se na existência humana
existem problemas;
para que pensar em algo irresoluto?
somos cercados por soluções
se buscamos problemas
haverá sempre uma sobresaida...

Pelos vínculos que se buscam
ouçamos os bons conselhos;
se são corruptíveis,
devemos discernir e ir além

Problemas
tantos problemas:
mal necessário
que fazemos buscar o bem.

leo durval

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pensante

Penso no óbvio
penso no que penso
cortejo valores
mantenho a inquietude
a nobreza de uma feição
alguma coisa penso...

Deste jeito,
vivo em esperanças
na busca de que mantenho;
sem vacilações
sem más projeções

Penso assim
assim devo pensar
soletrando meus sonhos
vivo em pensar.

leo durval

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Atordoado

Vieram a mim
boas intenções
no meio da noite
tão de repente;
assim, tão de repente

Escrevi num papel
em meio a noite
no que resumi;
apenas uma frase:
descobri o amor!

leo durval

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A Lua que era d’Ela

Fiquei abobado
a avistar a lua
no inicio da noite
quão formosa estava

Pedi a Deus
durante a manhã
que pela noite
aquela lua resplandecesse: para ela...

Deus não recusou meu pedido
ofereci aquela lua
a quem tanto amo.

leo durval

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Bens Amados

Quanto tempo existe
mediante tantas retinas?
ou mesmo aos que não contemplam?
chama atenção! Bondade
sempre e em todo tempo
se exala
por muitos atenciosos
que bom
que é bem vista
... por muitos que não desperdiçam...

O que fazem tantos rogos ao longo da montanha? –

Vivencias, meditações, claridades;
um bem repentino tão perto,
e como de repente
ao fim da luz
haverá esperanças
entre mentes mais puras...

Onde estão escondidos os bens?

Que se remete nas buscas?
Glória! –
vida que temos
Glória! –
de quem prospera [...]

Na mais alta inspiração
pelas telas de obras belas
o transcendente
o eminente
na eternidade transparecida
a sabedoria de quem criou
pelos versos de um sábio
proveniente necessidade:
os bens que se partilham!

Pelos tons rebuscados das rosas
o que se esconde?
talvez raros momentos
és a necessidade;
Oh, alma sensível
Oh, alma inteligível
qual cobiça que se alcança!

Silêncio! –
em meio as grandes artes
que se calem os culpados
que se calem a nós
ou proclamar sem melancolia
na virtude
Glória! –
aos bons momentos que se passam
o desejo que se busca
algo que se busca...
na mais infinita gratidão
Glória! –
aos dons que são gratuitos!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Sonho

Exaltado por um propósito
ao teu encontro enfim fui;
numa madrugada fria
aquecia-me em teus braços
- era ela! Exclamei.
estavas ali;
naquele lugar;
a me esperar ...

Quão inebriante foi
o nosso destino;
subjugado em puros pensamentos

Era madrugada:
o sol pela aurora estava por presenciar
tão belo cenário voltado a nós
nossas vozes se calaram
apenas um sentido voluntivo
permeava aquele instante
aquele abraço que dávamos

Oh, tão sutil
eram nossas fragrâncias
maneiras que adentrava em verdades;
as buscas se encontravam

[...]

Levaste-me ao teu leito:
você se envaidecera;
e em meu intimo,
meu olhar fitava em ti ...

Oh, tão pretensiosos fomos;
sem intimas estranhezas;
nossos íntimos se encontravam ...

não mais deflagrados
nossos corpos se encontravam;
sem medo
sem exceções
numa total reciprocidade.

leo durval

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Eu Li

Em ti
enxergo uma rosa;
talvez comestível
só sei que exala um perfume;
suave flagrância
sem explicação

Eli mostrei
Eli notei
Eli senti

Busquei palavras
apenas sonho;
provocações.

leo durval

A Ti

Faço-te um verso
não um simples verso
algo além da imaginação
de tão longe buscado:
um silêncio;
um sentimento...

Sem soltas palavras
uma atração;
pelo que te chamo
:teu nome
pelo escuro
pelo nascer do sol
na manhã
que a mim emociona
ao olhar onde tu estais
escuto teus sussuros

Sendo assim!
vivo sem viver
esqueço quem sou
ao contemplar
a tua luz
os teus olhosq
ue tanto quero.

leo durval

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Alguma Canção

Fico a imaginar
uma simples canção!
como seria?
certamente deveria chamar-me
a atenção [...]

Eu fecharia os olhos
meus ouvidos serenamente
ecoavam projeções
tão belas
tão mansas.

leo durval

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Esvaziado

Atirados no
vazio
de
que se
estabelece?
um preenchimento
logo visto
velho
vazio
aplausos...

A Poesia

a
poesia vislumbra
promete
atrai sentimentos
desperta prazeres
imortalizaa palavra

a
poesia sonhanos
faz sonhar
inspira
outras canções
norteia em
momentos oportunos
fragiliza
ramifica corações

a
poesia renasce
progride o compositor
glorifica o ser traduz...
fervea alma

a
poesia
é múltipla
unificadora aspira
proezas
trava gargantas
reluz emoções

a
poesia
é simples
complicada
entristece alguns
repete vícios
enaltece muitos

a
poesia
é primitiva
é antigat
ransparece o Medieval
é moderna
resiste a contemporaneidade

à
poesia é hoje;
amanhã...

leo durval

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Pensamentos Sonhados

Meus olhos lacrimam
em meditar
num amor

Bons momentos
que tive
transpirados...
ouvidos...
respirados...

Sonhos que tive
presença tua

Ali
estive
Ali
amei.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A Canção que eu Ouvia

Os cantos que
ouvi
pelos tempos passados
me relembram
os sonhos
de
moleque
de
uma mente
que era quase mitológica
com noção
do
que
se
passava

Ouvidos novamente
quase choro
medito
quão bom era
as
canções
as
músicas
que ou ouvia

porém
nunca se acabou
a
essência
a
ontologia
a
sua verdade.

leo durval

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sem Titulo

O que siginifica
um coração fragmentado?
talvês doado por
algom que já se sabia;
aprisionado sem querer;
cego em sentidos

O veneno
tal nome que se pode
chamar: amor;
sem voltas
idas
paralisa versos
promove sensações
cega o indivíduo

Nem as mas pontudas flexas
chega a doer no que
dis respeito ao amor

Ele cega
ele surda;
paralisa
infelizmente o amor
também é assim!

leo durval

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Para ti

Senti mesmo a distância
o aroma retido
algo entre as rosas
reconhecido
que me foi revelado

Sem mais restrições
sem a distância
sem interrupções
algo feminino notado
bem perto
sujeito a finalidades

Sem mais saudade
sem repressões
sem angustia
notei seguramente
que tu vinhas
saindo do mar

Um sonho talvês
levado a sério
vida conjunta;
sem oposição;
tudo perfeito.

leo durval

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Melopéia

Nas abluções das
melodias
ouvi meditando
as metáforas
os paradoxos
algo que aliava as
simplificações

Entre as partituras
nas vésperas do encantamento;
o que mais?
as vistas
em pétalas amarelas
nas tonalidades percebidas

Sintéticas palavras
regradas pelo sentimento;
trazidas;
bem amadas

tais regras estabelecidas
rompem paisagens
fuguradas em questões
jogadas ao vento
vividas em inspirações musicais.

leo durval

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Contratempo

Numa busca
previ contratempos
sem causas
sem exalâncias

Contei sem tempo
a minha noção
a nossa noção
em que estivemos
tão perto
tão junto

[...]

Preferi mistificar
a minha razão;
pois eram sóbrias
aquele instante
tão aproveitado.

leo durval

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Sem Regras

Em um caloroso instante
senti um valor presente
sem contratempo em vista
prolonguei em não falar
as frases que
escolhi sem in-
-co-
-gi-
-ta-
-veis regras
projetei em advento

[...]

Na alusão destas
frases;
alienei as concordâncias

[...]

Nas linhas curtas
de um verso
na proteção de uma vida
ao abrigo afetivo
no cuidado escondido:

Fundamento estabelecido.

Leo Durval

terça-feira, 29 de julho de 2008

Epanáfora

Acordei em
meus escritos
acordei em ti pensando
acordei em
tua voz
acordado sem estranheza...

Moldei meu sentimento
aos moldes
do teu amor;
moldados a sua conhecidência;
enfim estive nos moldes
de uma sutileza.

leo durval

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Frutos

As causas
omissas sem verdades
não se formam
não compensam
habituam fragilmente

Na descoberta da seriedade
há junções
cumplicidades
relevâncias
colocadas em esteios
guardadas nem sempre

Bem mais tarde
a alegria
a satisfação
naquilo que bem plantamos
um belo fruto
de gratidão
tão bem colhido.

leo durval

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Perguntas

À noite clareada
alumiava a ladeira
onde
estiveste?
onde
estais?

Pelos sobrados
onde
te achei?
caminhante?
eu estava
estávamos nós.

Duas mãos
se encontraram
dois pensamentos
se uniram
transpirados...
olhos fechados
onde
estamos?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A Promessa


Reservei minhas frases
que calculava
pelos
dias
no presente
para o
momento

[...]

Livre espontaneidade
na presença
na promessa
que
te fiz.

leo durval



sexta-feira, 18 de julho de 2008

Alguns

Em algo simples
projetados valores
reflexões
pensamentos que
virtuam
um
acalanto

Pelos perenes momentos
os detalhes
votados em versões
plausíveis
um momento

Pelos passares
um
amor
um relato,
desejo transformado:
apenas um encontro.

leo durval

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Memórias

Memórias no
tempo
memórias no
talento
tantas memórias
outras vezes
tornam-se
memórias

Ternas habilidades
rústicas em vias
[memórias]
máximas precisas
áquelas que se c
ontam
vias memórias

rosas
chuvas
versões
nas memórias

vivi outras
contive em constâncias.

leo durval

terça-feira, 15 de julho de 2008

Passagens a Beira do Rio

Inspirado pelo Rio Capibaribe


Repousando ali sentado a beira,
Deleitado ao chão perto do rio.
Águas insondáveis,
Olhos por entrelinhas,
Sentidos alcançados.

Vertentes...
Observantes...

Vinha em meu pensamento,
Imagens ternas de outrora,
Contos vividos.
Amáveis e falaciosos,
Contagiados intimamente

Escutava intimamente canções,
Orquestrado pelo som das águas,
Líricas e silhuetas harmoniosas.
Corrediças e inconfundíveis.

Ludibriei aquele incansável soneto,
Inventado desde antes,
Passagens de estações,
Infindável nos últimos pensamentos.

Esteve ali Heráclito,
Não o mesmo.

Rio de ilusões,
Copioso...