quinta-feira, 31 de julho de 2008

Sem Regras

Em um caloroso instante
senti um valor presente
sem contratempo em vista
prolonguei em não falar
as frases que
escolhi sem in-
-co-
-gi-
-ta-
-veis regras
projetei em advento

[...]

Na alusão destas
frases;
alienei as concordâncias

[...]

Nas linhas curtas
de um verso
na proteção de uma vida
ao abrigo afetivo
no cuidado escondido:

Fundamento estabelecido.

Leo Durval

terça-feira, 29 de julho de 2008

Epanáfora

Acordei em
meus escritos
acordei em ti pensando
acordei em
tua voz
acordado sem estranheza...

Moldei meu sentimento
aos moldes
do teu amor;
moldados a sua conhecidência;
enfim estive nos moldes
de uma sutileza.

leo durval

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Frutos

As causas
omissas sem verdades
não se formam
não compensam
habituam fragilmente

Na descoberta da seriedade
há junções
cumplicidades
relevâncias
colocadas em esteios
guardadas nem sempre

Bem mais tarde
a alegria
a satisfação
naquilo que bem plantamos
um belo fruto
de gratidão
tão bem colhido.

leo durval

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Perguntas

À noite clareada
alumiava a ladeira
onde
estiveste?
onde
estais?

Pelos sobrados
onde
te achei?
caminhante?
eu estava
estávamos nós.

Duas mãos
se encontraram
dois pensamentos
se uniram
transpirados...
olhos fechados
onde
estamos?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A Promessa


Reservei minhas frases
que calculava
pelos
dias
no presente
para o
momento

[...]

Livre espontaneidade
na presença
na promessa
que
te fiz.

leo durval



sexta-feira, 18 de julho de 2008

Alguns

Em algo simples
projetados valores
reflexões
pensamentos que
virtuam
um
acalanto

Pelos perenes momentos
os detalhes
votados em versões
plausíveis
um momento

Pelos passares
um
amor
um relato,
desejo transformado:
apenas um encontro.

leo durval

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Memórias

Memórias no
tempo
memórias no
talento
tantas memórias
outras vezes
tornam-se
memórias

Ternas habilidades
rústicas em vias
[memórias]
máximas precisas
áquelas que se c
ontam
vias memórias

rosas
chuvas
versões
nas memórias

vivi outras
contive em constâncias.

leo durval

terça-feira, 15 de julho de 2008

Passagens a Beira do Rio

Inspirado pelo Rio Capibaribe


Repousando ali sentado a beira,
Deleitado ao chão perto do rio.
Águas insondáveis,
Olhos por entrelinhas,
Sentidos alcançados.

Vertentes...
Observantes...

Vinha em meu pensamento,
Imagens ternas de outrora,
Contos vividos.
Amáveis e falaciosos,
Contagiados intimamente

Escutava intimamente canções,
Orquestrado pelo som das águas,
Líricas e silhuetas harmoniosas.
Corrediças e inconfundíveis.

Ludibriei aquele incansável soneto,
Inventado desde antes,
Passagens de estações,
Infindável nos últimos pensamentos.

Esteve ali Heráclito,
Não o mesmo.

Rio de ilusões,
Copioso...