sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A Procura de Uma Divindade Feminina

Onde mais encontro?
onde és tal vista que tanto desejo?
uma divindade pagã que me inspira
uma deusa que imagino
verdade cativante
alguma coisa acentuada
uma flor de cor inominada
uma flagrância indescritível
apenas um fato
um olhar que me desnorteia

Trago assim minhas palavras
que tanto busco para te compor
um verso simples a ti levar
como brisas na calma paz
enquanto a ti trazia meu beijo

Onde mais posso profetizar?
onde vem este sentimento?
talvez este desejo já existia
um intimo verso a oferecer
onde a alma solicita argumentos
em meio a beleza que te cerca
te levo meu tempo a terminar
a dissolver esta verdadeira palavra.

leo durval

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vento Mensageiro

Em um tempo que não se conta,
Andarilho estava eu.
Conflitante por uma parte,
Pelo modo que me despertava.
Pois distorcido e embaraçoso tentaria.

Contestável...
Não fragmentado...

O vento que soprava em meu ouvido,
Contava-me paciente tua história.
Pelo que estava eu confuso,
Logo despertei harmonioso.

Em sons agudos...
Ninféticos...

Por quem eu esperava na hora véspera chegou,
Marcado naquele tempo,
Escutei a canção que tu ensinaste,
Foi o vento que me disse.
Escutei você chegar.

Tua voz,
Reflexo meu...

O amado despertou.

leo durval

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Pensamento

Oh Pensamento desperta
aponta ao intimo argumento
na virtuosa memória
sobreposta em versos cativantes

Rompe a mais cautelosa notoriedade
vive em nós como bons conselhos
no que mais benéfica verdade
envolvida no brilho revivente
em meio a questões resolvidas

Oh pensamento ancora
na mais firme oração
escuta a canção da racionalidade
aquela que permeia a alma
onde os heróis se curvam
onde os poetas se domam
onde os gênios choram
em vão serias as palavras
que despertam vidas.

leo durval

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Os Silêncios

Em presença de um silêncio
Revigoro sons trajetados
Imagináveis pelo acaso
Por visões líricas
Articuladas sutilmente.

Revivo momentos oportunos
Exorcizo o ócio irracional
Versificados em sinais
Pelos modos despercebidos
Em vista de razões
Amorosas canções traduzidas
Suspiro versos harmoniosos.

Sem lamentos impertinentes
Adormeço acordado
Pensamentos...
Ludibriado palavras.

Em silêncio presencio
As buscas imanentes
Vinculadas ao transcendente
A meditação projetada
Plenificadas em instantes
Num Cântico composto pelo ar.

Materializo vontades
Interajo noções afetivas
Paraliso privilégios
Perto de mim:
Averiguo meus sentidos
Orquestro o meu pensar.

Em baixo do Baobá
Na sombra do silêncio
No momento do instante
Respirando o perfume
Pelas flores ao redor
Na sintonia natural
Qual sombra centenárias.

Deleitado sob a grama
Inspirado no diálogo
Relembrei os pensadores
Meiêticas reveladas.

Plantei sinais esperançosos
Motivado por noções
Irrigado em leves colóquios
Descansado...

Viajante pelo tempo
Retorno em meu prazer
Despertado no meu verso
Inspirado pelo vôo dos pássaros.

Pelos mundos imaginados
Transcrevo em minha memória
Ações universais
Vozes de temperança.

Em meu silêncio
Exploro as emoções contraídas
Visualizo ternos horizontes
Pelas vistas...
Cortejadas em espaços.

Transmiti em um amor
Pelos nomes que achei
Chamados por ela
Um sentimento trabalhado.

Senti em silêncio
O sonho em mim existente
Pelos atos...
Sem restrições...
Revividos sentimentalmente
Animados no ego.

Reservado eu busquei
Preservado constantemente
Entronizado fiquei
Na existência...
Morada da alma.

Entrei no meu íntimo
Guiado pela paixão
Aconselhado notoriamente
Caçado em local.

Existi naquela história
Ocultado no olhar
Perdoado...
Aberto a novas maneiras
Mistificado pela contemporaneidade
Um vício:
Pelo fato.

Imaginei minha versão
Lamentado nunca mais.

Pelos limites
Priorizei ramificações livres
Escondidos...
Na profunda evasão.

Pela contemplação
Avistei por entre limiares
O extremo notado
Sem detalhes
Futuros conselhos.

Confortei os maus desejos
Pluralizei recados
Vestígios...
Dirigidas vontades
Marcadas.

Maximizei mudanças
Ampliei verdades.

Não desviei em silêncio
Transladando-me em algo
Vastos pensares
Espelhado conhecido a mim mesmo
Sem adversos.

Surgiram outras composições
Totais exigências
Longadoros argumentos
Et cetera...
Comigo sem transtornos
Contrapondo obscuridades.

Últimos detalhes
Simples gostos provenientes
Gesticulados em mente
Pré-estabelecidos
Alguma força estranha
Coisas que são
Estive na vontade.

Despertei temporalmente
Pelas vozes longínquas
Pela tarde
Em fim alcancei
A mais presente reflexão
No silêncio em mim
Verificado oriundamente.

leo durval

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Adormecido

Ultrapassando por entre sonhos
noites sem fim
mares a vencer
conquistas a realizar

Abundantes eram os prazeres
notáveis por mim

Retratei lembranças esquecidas
tornei-me um andarilho
vivi momentos não ali
eu estava apenas sonhando.

leo durval

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Incentivado

Levo em detalhes
uma construção
talvez sigo meu intimo
onde ha de vir
uma verdade

Provocando contradições
não encontro tal aversão
esta construção de intuitos
remete palavras como preces
preso a um intuito
almejo vontades
apenas algumas

Reviro palavreados
investigo locuções
o que encontro
é apenas uma palavra:
o amor.

leo durval

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Imaginário

Sem ser inventado
imaginei uma questão
certa
har-
-mo-
-ni-
-a
um tempo oportuno

Prezenciei um certo afeto
algo buscado
imaginado
desde sempre

Busquei o que precisava
vistas colocadas
um sentimento verdadeiro
progetado naquele instante

[...]

Almejei aquele imaginário
sem erros
sem omissões
o acaso encontrado

leo durval

Linhas em Ortografías

Em algumas virtuosas linhas:
Contornei.
Lúcidas palavras,
Inspirações.

Em uma pétala,
Em um papel em branco.
Fulgurantes palavreados,
Ortografias.

Em um contexto esplendente,
Numa magistral verificação,
Apenas umas palavras,
Um simples desejo.

Um modo
que suscitei para ti.

leo durval

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Momento que busco

Vivo em procuras
de um momento certo;
assim, transladando-me
fora de mim
a buscar
este momento...

Tal tempo que busco
é de expor:
uma poesia.

leo durval