sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Passagens num Soneto




Passavas devagar
não depressa em meus sentidos
desilusão inexistente
uma progressiva vontade
sem vontade de não querer mais
apenas vontades nossas


Não quis assim
parar de não ter razão
tua lembrança recordei-me
cogitei um pensamento nosso
assim...
meio assim...
num momento tão indissolúvel


Busquei deste modo
compor versos a ti
quase desajeitado
em tamanha nostalgia
buscado em lembranças sólidas
vinculado numa versão percebida


Assim busquei
e compus um soneto a ti.



leo durval

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Alguma Coisa dentro de Nós



Pelo sentimento é que vamos
comovidos
mudos
assistidos...
chegamos? não chegamos?
enfim fizemos nossa história


Haja ou não haja frutos
pelo sonho é que vamos
movido pelo o que buscamos
basta a fé no que temos
basta a esperança naquilo
assim construímos juntos
a imensa vontade que nos envolve


Basta que a alma demos
com a mesma alegria
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia
sentimos o que é verdadeiro


- Partimos, vamos, somos:
um ideal que fizemos.



leo durval

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Pensamentos




Noite serenasem
nuvens ao céu
fujo da realidade
converso com a lua
dialogo com as estrelas
embalo-me na ilusão
sonhan
doimaginando
fantasiando

Escuto-te bem perto
por entre ventos que me trazem
uma singularidade
algo que desperta quando te vejo

Fosse uma eterna alegria
queria voltar e te escutar
como sonetos
ou versos que tu compos
uma realidade plena

Assim te chamo
caio na realidade
e mesmo assim sonho
que te chamo
de meu amor.

[!] {!}


leo durval

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Pernambuco Terra da Poesia



Penso nas palavras
em ritmos mas que tudo
nas expressões poéticas
[em antigas frases]
no nada e no completo
em ritmos nas líricas abordagens
no lúdico que são as compreensões
prontas em livres versões


Desde então
tento sonhar os sonhos dos poetas
na cegueira incompreensão de que não vale
de compor o imaginário sem ser visto
aqui se é
aqui se tem
poetas em todos os espaços
arranjados em sonetos concretos
do sertão ao além-mar
do movimento em milênios no ar


Nossa poesia é mais que decifrável
em fragmentos e vestígios
de letras
de cartas
sem escrituras ao leu
são ilustrações
mosaicos de sílabas nas mentes
de todos os modos são as totalidades
mania de subjuntivo interior


Aqui nascem os poetas
sem querer que não
a vista dos olhos percebidos
sem demagogia na putrefação
aqui se constrói a cultura
do mel de engenho a rapadura


De modo preciso:
majestosos são cada poetas
são os que não revoga sonhar
[são os sem vergonha]
desde o escondido orvalho que chega
no crepúsculo perene de um novo dia
desde a petúnia contida na flor
são os heróis do cotidiano
são expressões sem pranto


Meus caros ouvintes;
leitores e os não admiradores
ouçam o que vou dizer
poesia não tem cor
nem cheiro ou pudor
poesia é primitiva
é contemporânea até não sei onde
poesia é pra cabra macho
é para os sensíveis sem ocasião
poesia é pra viver e lavar a alma
poesia é mnemônica
poesia é laica e harmônica.

leo durval

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Um Encontrado



Me escuta
ouvis em singela atenção
por onde posso te demonstrar?
onde posso buscar letras?
sei lá...
só sei que o amor é paciente
só vejo em meus olhos tua face
por onde vou
ou por onde eu não sei...


Mesmo assim
não projeto más compreenssões
escuto a ti em meu sono
ou pala manhã em alvorada
numa sensação de voz
de liberdade
de criatividade


Onde mais posso te buscar?
será que também no além mar?
no pré-a-mar equatorial?
tantas perguntas ouso a fazer
não mais uma dúvida qualquer
apenas meu pensamento ancora em ti.



leo durval

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Dias




Sonhei perene
em meio a pensamentos
que descrevia você
eram 186 dias intercalado
era mais que um sonho
um poema concreto

Em mil sonetos
descrevi uma constelação
sem existir desargumentação
um conto desejado

Neste sonho
eu era um trovador
um poeta em busca de um sonho
um andante em busca
um eterno aprendiz

Era uma dia 7
provavelmente descrito
e transcrito pelas estrela
algo além do imaginário
o nosso amor é tão bom.


leo durval

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Viver a Beleza




Procuro descrever
qual beleza que há na vida
sem distorções ou resmungo
em forma de luzes em perene frase
construção vive de uma coisa
sem discussão tento




Em vez de me opor
copio em mim esta beleza
escondida pelos maus preceitos
mortificada pela a fala dos carrancudos
mínima é esta visão
perfeição ontológica
correção sem correções
em cantos de vertigens maternais




Com precisão
retiro as más premissas
uma perfeita visão
de um dia em outro
quando sol e a lua se materializam.





leo durval