sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Pernambuco Terra da Poesia



Penso nas palavras
em ritmos mas que tudo
nas expressões poéticas
[em antigas frases]
no nada e no completo
em ritmos nas líricas abordagens
no lúdico que são as compreensões
prontas em livres versões


Desde então
tento sonhar os sonhos dos poetas
na cegueira incompreensão de que não vale
de compor o imaginário sem ser visto
aqui se é
aqui se tem
poetas em todos os espaços
arranjados em sonetos concretos
do sertão ao além-mar
do movimento em milênios no ar


Nossa poesia é mais que decifrável
em fragmentos e vestígios
de letras
de cartas
sem escrituras ao leu
são ilustrações
mosaicos de sílabas nas mentes
de todos os modos são as totalidades
mania de subjuntivo interior


Aqui nascem os poetas
sem querer que não
a vista dos olhos percebidos
sem demagogia na putrefação
aqui se constrói a cultura
do mel de engenho a rapadura


De modo preciso:
majestosos são cada poetas
são os que não revoga sonhar
[são os sem vergonha]
desde o escondido orvalho que chega
no crepúsculo perene de um novo dia
desde a petúnia contida na flor
são os heróis do cotidiano
são expressões sem pranto


Meus caros ouvintes;
leitores e os não admiradores
ouçam o que vou dizer
poesia não tem cor
nem cheiro ou pudor
poesia é primitiva
é contemporânea até não sei onde
poesia é pra cabra macho
é para os sensíveis sem ocasião
poesia é pra viver e lavar a alma
poesia é mnemônica
poesia é laica e harmônica.

leo durval

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