quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Os Silêncios

Em presença de um silêncio
Revigoro sons trajetados
Imagináveis pelo acaso
Por visões líricas
Articuladas sutilmente.

Revivo momentos oportunos
Exorcizo o ócio irracional
Versificados em sinais
Pelos modos despercebidos
Em vista de razões
Amorosas canções traduzidas
Suspiro versos harmoniosos.

Sem lamentos impertinentes
Adormeço acordado
Pensamentos...
Ludibriado palavras.

Em silêncio presencio
As buscas imanentes
Vinculadas ao transcendente
A meditação projetada
Plenificadas em instantes
Num Cântico composto pelo ar.

Materializo vontades
Interajo noções afetivas
Paraliso privilégios
Perto de mim:
Averiguo meus sentidos
Orquestro o meu pensar.

Em baixo do Baobá
Na sombra do silêncio
No momento do instante
Respirando o perfume
Pelas flores ao redor
Na sintonia natural
Qual sombra centenárias.

Deleitado sob a grama
Inspirado no diálogo
Relembrei os pensadores
Meiêticas reveladas.

Plantei sinais esperançosos
Motivado por noções
Irrigado em leves colóquios
Descansado...

Viajante pelo tempo
Retorno em meu prazer
Despertado no meu verso
Inspirado pelo vôo dos pássaros.

Pelos mundos imaginados
Transcrevo em minha memória
Ações universais
Vozes de temperança.

Em meu silêncio
Exploro as emoções contraídas
Visualizo ternos horizontes
Pelas vistas...
Cortejadas em espaços.

Transmiti em um amor
Pelos nomes que achei
Chamados por ela
Um sentimento trabalhado.

Senti em silêncio
O sonho em mim existente
Pelos atos...
Sem restrições...
Revividos sentimentalmente
Animados no ego.

Reservado eu busquei
Preservado constantemente
Entronizado fiquei
Na existência...
Morada da alma.

Entrei no meu íntimo
Guiado pela paixão
Aconselhado notoriamente
Caçado em local.

Existi naquela história
Ocultado no olhar
Perdoado...
Aberto a novas maneiras
Mistificado pela contemporaneidade
Um vício:
Pelo fato.

Imaginei minha versão
Lamentado nunca mais.

Pelos limites
Priorizei ramificações livres
Escondidos...
Na profunda evasão.

Pela contemplação
Avistei por entre limiares
O extremo notado
Sem detalhes
Futuros conselhos.

Confortei os maus desejos
Pluralizei recados
Vestígios...
Dirigidas vontades
Marcadas.

Maximizei mudanças
Ampliei verdades.

Não desviei em silêncio
Transladando-me em algo
Vastos pensares
Espelhado conhecido a mim mesmo
Sem adversos.

Surgiram outras composições
Totais exigências
Longadoros argumentos
Et cetera...
Comigo sem transtornos
Contrapondo obscuridades.

Últimos detalhes
Simples gostos provenientes
Gesticulados em mente
Pré-estabelecidos
Alguma força estranha
Coisas que são
Estive na vontade.

Despertei temporalmente
Pelas vozes longínquas
Pela tarde
Em fim alcancei
A mais presente reflexão
No silêncio em mim
Verificado oriundamente.

leo durval

Um comentário:

DALVANI disse...

COMENTAR O QUE? FIQUEI HIPNOTIZADA DIANTE DESSE TEXTO, ALGO ALEM DA SABEDORIA HUMANA TE LEVOU AO LIMITE INFUNDADO DA LÓGICA...
SIMPLESMENTE O MÁXIMO. ADOREI.